O engenheiro e presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, acredita que o País deverá manter a atual política econômica num eventual segundo mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. "Acho que esta eleição tem diversos resultados importantes, diversas conclusões", disse o presidente do BC para O Estado.

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"Um deles (resultados) é que a população, de fato, apóia e se beneficia da inflação baixa", disse. "A inflação alta beneficia apenas aqueles que são capazes de aumentar preços. Portanto, uma das grandes vitórias do presidente Lula foi exatamente trazer a inflação para as metas", afirmou.

"E isso, juntamente com o equilíbrio externo, com saldo de conta corrente e com toda a estabilização da economia brasileira, faz com que o Brasil não só enfrente o período eleitoral com absoluta tranqüilidade econômica, mas, e o mais importante, é que a aprovação do governo mostra que o povo aprova esta política econômica", acrescentou o presidente do BC. Ele votou, em segundo turno, no colégio Lyceu de Goiânia, local onde fez o Curso Primário (antigo I Grau).

Na semana passada, Henrique Meirelles comentou que o Brasil, nos últimos quatro anos, conseguiu romper com as vulnerabilidades externas – tidas como barreiras para o crescimento do País. Hoje ele afirmou que o aval do eleitorado às políticas econômicas, e o controle inflacionário exercido pelo governo, o País dará novos passos visando o crescimento econômico: "Vamos tomar as medidas necessárias para ir, agora, além das estabilização", disse Meirelles.

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Ao ser questionado sobre a hipótese de permanecer com Lula para comandar as chamadas reformas estruturais (Tributária, Custo Brasil etc), Henrique Meirelles não foi incisivo, como se esperava, mas respondeu com a segurança de quem já tem a cadeira do BC conquistada.

"Nós vamos continuar defendendo a idéia de que o País tem de crescer com base na estabilidade", afirmou. "E não pode tentar métodos que só trazem instabilidade, inflação alta e esperanças frustradas", acrescentou. O presidente do BC deu sinais de que o crescimento será vigoroso, contínuo e de longa duração. "O País está em condições excepcionais para crescer, baseado na estabilidade econômica", disse Meirelles.

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