O vice-presidente, José Alencar, que está no exercício da Presidência da República em função da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Argentina, disse que o Brasil corre o risco de voltar a adotar a indexação, mecanismo pelo qual os preços de produtos e serviços, além do salário dos trabalhadores, são reajustados tendo como base a inflação acumulada. "Esse processo acaba por realimentar a inflação", afirmou.
"O fim da indexação foi um dos fatores mais importantes para o combate da inflação. A indexação acabou significando força para consolidar a inflação no passado", disse ele, após participar da abertura da 40ª Feira Internacional de Calçados, Assessórios de Moda, Máquinas e Componentes (Francal), no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na capital paulista.
"Nós estamos correndo o risco de novamente adotarmos a indexação. Isso não pode ocorrer, pois se adotarmos a indexação, teremos adotado novamente um instrumento que, a pretexto de nos permitir conviver com a inflação, a fortalece, e fortalecer a inflação é um crime que se pratica, especialmente contra quem tem renda fixa e renda baixa", acrescentou.
José Alencar está no exercício da Presidência da República, em substituição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em San Miguel de Tucumán, na Argentina, para a 35ª reunião de Cúpula dos Chefes de Estado no Mercosul.