O Brasil é um mercado consumidor crescente de anfetaminas e ecstasy, as chamadas drogas sintéticas, segundo o Relatório Mundial sobre Drogas 2005 do Escritório contra Drogas e Crime da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje (29) no Rio de Janeiro.
Segundo o documento, o Brasil hoje já é o país o que mais consome ecstasy dentre as nações do Cone Sul (Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina) e o terceiro colocado no ranking de toda a América do Sul. Cerca de 0,2% da população entre 15 e 64 anos de idade utiliza a droga no país.
"O Brasil é um país que tem mais de 50 milhões de jovens, então é um mercado atrativo para os traficantes. As drogas sintéticas estão entrando mais e mais no país. Percebemos isso nas apreensões que a Polícia Federal e as outras polícias estão fazendo no Brasil", disse o representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime no Brasil, Giovanni Quaglia.
Com relação aos outros tipos de drogas, a situação do Brasil não é alarmante, de acordo com Quaglia. O índice de usuários de maconha no país é de 1% entre as pessoas de 15 a 64 anos, uma taxa superada na América Latina apenas pelo México (0,6%) e por duas ilhas caribenhas. A prevalência de usuários de cocaína é de 0,4%, índice apenas superior ao do Uruguai na América do Sul.