O Brasil será responsável pelo controle nos próximos oito meses. O monitoramento do satélite é feito simultaneamente pelos dois países e cada um deles aciona instrumentos conforme solicitações de seus usuários. Porém, só uma das partes por vez está autorizada a promover as ações necessárias à manutenção da qualidade do desempenho do equipamento em órbita.
Hoje, cabe ao Inpe acionar as câmeras do satélite durante suas passagens pelo território nacional ou, em caso de solicitações, em outras áreas do planeta cobertas pelo Cbers-2. A China realiza o mesmo procedimento, em relação ao seu território.
Com a passagem do controle para o Brasil, o Inpe deve monitorar e corrigir a altura do satélite, quando necessário, por meio do acionamento dos propulsores de bordo. A correção periódica se faz necessária devido ao decaimento da órbita, acentuado pela ação da radiação e de explosões solares. As diferenças de altura causam um deslocamento na posição do satélite, que prejudica a montagem de mosaicos das imagens geradas.
Outra função do Inpe será a manutenção da sincronia do relógio de bordo com o horário da Terra. Esse fator é fundamental para o sucesso das operações programadas por telecomando. Uma terceira responsabilidade será o monitoramento e controle da precisão dos dados auxiliares sobre a altura do satélite, para garantir a confiabilidade das informações fornecidas.
O Brasil já realizou a mesma tarefa, em dois períodos distintos, durante a permanência em órbita do Cbers-1.
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