O crescimento das exportações brasileiras desacelerou, mas o País continua aumentando sua participação nas importações mundiais, diz o boletim "Comércio Exterior em Destaque", divulgado nesta sexta-feira (29) pela Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). A participação das exportações do Brasil chegou a 1,14% das importações mundiais em valor, considerando o acumulado nos 12 meses até junho de 2006, quando as vendas do País ao exterior somaram US$ 125,5 bilhões.
Essa participação era de 0,88% nos 12 meses encerrados em junho de 2002, imediatamente antes do boom exportador brasileiro, e de 1,07%, nos 12 meses até junho de 2005, o período de maior crescimento das exportações. De acordo com a Funcex, "as exportações continuam tendo crescimento expressivo para todos os principais mercados de destino". De 2002 a 2005, o Brasil aumentou sua presença nos principais mercados mundiais.
De 2005 a 2006, houve ganhos e perdas. Na maioria dos mercados selecionados pela Funcex, incluindo União Européia, China, Mercosul, Chile e Venezuela, a participação dos produtos brasileiros aumentou. No entanto, houve perda de participação nos mercados dos Estados Unidos, do México, da África do Sul e da Rússia. Segundo o boletim, "os aumentos de preços são o fator predominante para explicar o crescimento das exportações na grande maioria" dos países no período de 2005 para este ano.
O volume só foi mais importante que os preços para o aumento de exportações para quatro países: Canadá, Venezuela, China e Coréia do Sul. Nos outros mercados importadores, os preços foram responsáveis por mais de 60% da expansão no valor total das vendas brasileiras. Já entre 2002 e 2005, o fator principal em geral foi a quantidade exportada.