Representantes do G3 ? grupo formado por Brasil, África do Sul e Índia ? se reúnem amanhã (25) para discutir formas desses países contribuírem com a promoção da segurança internacional. Eles participam do Seminário de Países Intermediários e Segurança Internacional (IBSA/IBASA).
Em entrevista à Rádio Nacional, o diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Alcides Costa Vaz, ressaltou que o encontro em Brasília é uma oportunidade para os três países, candidatos à uma vaga no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), debaterem a dimensão da segurança internacional.
"São países que aspiram uma participação mais efetiva nos processos de tomada de decisão nos fóruns multilaterais que tratam de segurança. Os três se posicionaram como candidatos a um assento permanente no Conselho de Segurança. Brasil e Índia encaminharam suas posições no âmbito do G3 e a África do Sul tem o mesmo pleito, mas com uma estratégia diferente", explicou Vaz.
Para o professor, o encontro tem como um dos objetivos principais analisar as visões que os países desenvolvidos têm nesse tipo de grupo: "A proposta central do seminário é examinar as visões externas sobre esse tipo de coalizão internacional, seus interesses e suas demandas no plano da segurança internacional."
O grupo formado por Brasil, África do Sul e Índia foi criado em 2003, depois da Declaração de Brasília. As principais discussões, no entanto, não se resumem apenas à questão da segurança internacional.
"A agenda proposta pelos presidentes, depois pelos respectivos ministros de Relações Exteriores, envolve a cooperação no combate ao HIV/Aids, na área de educação, na área de agricultura, de cooperação e tecnologia", destacou Alcides Costa.
"No momento, o G-3 está conformado por esses três países, mas também há perspectivas nas relações internacionais, que seria Brasil, índia, China, Rússia e África do Sul ? os grandes países emergentes."
As propostas debatidas no seminário serão reunidas em um livro, com divulgação prevista para o fim de maio. O documento deve oferecer às autoridades dos países sugestões e recomendações para a agenda da IBSA no âmbito da Segurança.
