Brasília – O Brasil irá adotar uma nova política para o controle do câncer de mama. As novas estratégias para detecção precoce e tratamento da doença seguirão as diretrizes de um documento chamado Consenso Brasileiro de Mama. O anúncio foi feito hoje, no Rio de Janeiro, pelo Ministério da Saúde (MS) e pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Uma das primeiras mudanças que deverá ocorrer é a priorização do exame clínico e da mamografia em relação ao auto-exame da mama. Apesar de muito recomendado até hoje, alguns estudos apontam que o método não é eficaz e desestimula o paciente a procurar o médico.
A recomendação do Consenso é que os exames clínicos e a mamografia comecem a ser feito pelas mulheres a partir dos 35 anos, se tornando obrigatório a partir dos 40 anos. Entre 50 e 69 anos, a mamografia deverá ser feita de dois em dois anos.
Para o oncologista Juvenal Oliveira, o ideal é combinar o auto-exame, o exame clínico e a mamografia, e orientar que os pacientes sempre procurem o médico.
?Vários pacientes dos mais diversos níveis sociais ainda nos procuram porque encontraram um nódulo na auto-apalpação. Então eu acredito que a combinação do auto-exame, exame clínico e a mamografia, essas três medidas vão ajudar a aumentar o diagnóstico precoce?.
O câncer de mama é hoje a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras. As estimativas do Inca indicam que no ano passado 9.335 mulheres morreram e 41.610 descobriram que estavam com a doença. De acordo com o Inca, mais de 60% dos tumores de mama poderiam ser prevenidos se fossem descobertos nos estágios iniciais.
Brasil adotará nova política para controlar o câncer de mama
2 minutos de leitura
continua após a publicidade
continua após a publicidade