A nova meta de superávit primário das contas públicas, de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto), deverá ser incorporada ao acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional). A afirmação é do secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Otaviano Canuto.
Ele disse que, na segunda revisão do acordo, que se encerra hoje, o governo brasileiro tratou de adequar a meta fiscal. Até agora, a meta de superávit primário que consta do acordo com o Fundo é de 3,75% do PIB.
Com relação às metas de inflação, Canuto afirmou que as conversas com o FMI seguiram na direção do que já foi dito pelo Banco Central, de perseguir a trajetória de convergência da meta, num prazo mais dilatado, trabalhando com uma meta ajustada de 8,5% para 2003.
Canuto não quis, no entanto, revelar qual a meta acertada no acordo com o FMI, nesta segunda revisão. Ele lembrou que o horizonte com o FMI é setembro, já que o acordo termina em dezembro e não há metas para dezembro. Por isso, segundo ele, os números não são exatamente iguais aos definidos pelo BC. ?Mas, a racionalidade e os objetivos são os mesmos”, disse.
Segundo o secretário, o acordo com o FMI deve ser ?enxuto” e só tratar do que diz respeito aos contratos. Canuto disse ainda que a revisão foi um processo tranqüilo e transparente.