Brasil 1 larga confiante em bom desempenho

A terceira etapa na Volvo Ocean Race, maior regata volta a mundo, pode marcar uma retomada importante para o Brasil 1. O comandante Torben Grael acredita que os problemas ficaram para trás depois da quebra do mastro. "Fizemos muita coisa para reforçar o barco e espero que não tenhamos mais nenhum problema. Imprevistos podem acontecer, mas em termos de estrutura o barco está como nunca esteve", explica o bicampeão olímpico.

A perna (etapa) é menor, com aproximadamente 2.600 quilômetros, e possui características que podem ajudar o time brasileiro. "Os barcos devem andar perto um do outro e a chegada a Wellington pode ser difícil e determinante", avalia Torben.

Na despedida, realizada na marina de Waterfront City, os tripulantes e os familiares estavam muito emocionados por terem vencido a corrida contra o tempo para colocar o veleiro em condições de retornar a prova. A esposa de Torben, Andrea Grael, considera a largada uma verdadeira conquista. "Foi uma parada muito tensa, todos estão muito desgastados, mas eles estão saindo com uma vitória, a de recuperar o barco", comemora.

Um dos timoneiros do grupo, João Signorini, avalia que ainda há muita coisa para acontecer. "Nem a metade dos pontos foram disputadas e estamos muito motivados. Queremos ganhar essa perna", conclui.

Porém, o tripulante do Brasil 1 tem mais um problema para resolver: o ímpeto do comandante do barco Holandês ABN Amro 1, de Mike Sanderson. O neozelandês lidera a prova com 32,5 pontos – os brasileiros estão em quinto com 16 – e venceu todas as etapas, com exceção da in-port race de Vigo, na Espanha, válida pela primeira etapa.

"Parar no próprio país é sempre uma parte do roteiro muito especial. Mesmo sabendo que é por pouco tempo, família e amigos estarão me esperando. Chegar em primeiro seria um grande presente", esclarece Sanderson.

O brasileiro Joca Signorini rebate. "Nas duas primeiras etapas, nos estávamos na frente dos holandeses até termos problemas e podemos tirar proveito disso agora", adianta Joca, que espera a chegada em Wellington no dia 16.

A parada na Nova Zelândia tem características diferentes das outras e é considerada um pit stop. Os barcos não podem receber ajuda externa. Qualquer problema deve ser resolvido pela tripulação, com as ferramentas que estão no barco. Caso algum time não siga a regra, deve largar no dia 19 para o Brasil com duas horas de atraso, como penalização.

A etapa entre Wellington e o Rio de Janeiro é a mais longa, perigosa e esperada da Volvo Ocean Race. Além do desafio de vencer aproximadamente 20 dias a bordo e 12 mil quilômetros, os barcos passarão pelo perigoso Cabo Horn. "É muito bom sair da Austrália sabendo que vamos fazer uma perna curta até a Nova Zelândia. Assim, testamos o barco definitivamente e descansamos para enfrentar os mares do sul e chegar em casa", afirma o comandante Torben Grael.

A chegada dos primeiros barcos na Baía de Guanabara deve ocorrer no inicio de março.

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