Rio – Para antecipar a estratégia de adição do biodiesel ao diesel, a BR Distribuidora investiu cerca de R$ 20 milhões na estrutura logística de distribuição, com instalação de tanques, ampliação e adaptação de dutos de escoamento e de válvulas de compressão nos postos de derivados.
Embora mais caro do que o diesel combustível, o biodiesel não implicará aumento de preços para o consumidor final. "Nos leilões que a ANP [Agência Nacional do Petróleo] vem realizando, definimos um mix de custos, de modo que o consumidor não seja prejudicado no preço final ao abastecer seu veículo", disse a presidente da BR, Maria das Graças Foster.
Atualmente, a BR tem em estoque 240 mil litros de biocombustível, adquiridos nos dois leilões realizados pela ANP e que tiveram na Petrobras o único comprador. Em junho, a ANP ofertará mais 400 milhões de litros e a expectativa é que mais empresas distribuidoras se proponham a comprar o produto.
Segundo Maria das Graças, o biodiesel já é uma realidade no país, uma vez que sua presença na matriz energética contribuirá para a redução das importações de óleo diesel, pois o Brasil não produz o suficiente para atender a demanda interna. "É fundamental a presença do biodiesel na nossa matriz energética. Somos importadores de diesel derivado do petróleo e ter o biodiesel produzido da mamona, soja, palma ou do girassol é uma vantagem competitiva muito grande para o Brasil. Conhecido no Brasil há muito tempo, o biodiesel hoje é, sem dúvida, uma realidade enquanto alternativa energética", afirmou.
De acordo com Maria das Graças, a BR Distribuidora, busca o biodiesel "lá do produtor", leva para suas bases e mistura. "Hoje nós já temos mais de 200 postos no Brasil com biodiesel. Em mais algumas semanas, chegaremos a 500 postos em condições normais de suprimento. Estamos nos antecipando a uma obrigação legal da adição de 2% de biodiesel ao diesel a partir de 1o janeiro de 2008", disse ela.