O índice futuro da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conquistou nesta sexta-feira (20) a marca inédita de 50 mil pontos no pregão eletrônico da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Às 10h12, o Ibovespa futuro de junho subia a 50.070 pontos, sugerindo que o dia pode ser de novos recordes para o índice à vista, que tinha nos 49.338 pontos a sua máxima durante o pregão.
A abertura em forte alta se confirmou na Bovespa e o Ibovespa à vista subia 1,39%, na máxima, a 49.440 pontos, estabelecendo novo recorde de pontos. Mas analistas observam que o índice futuro em 50 mil pontos, rolado anteontem, embute uma diferença em relação ao índice à vista, calculada em torno de 600 pontos, com base no fechamento da véspera. A esperada realização de lucros na Bovespa pode não vir hoje. "O pessoal está torcendo para a Bolsa cair para comprar mais", afirma um operador.
O fato é que a Bovespa tem espaço para continuar subindo, especialmente se o bom humor continuar prevalecendo nas bolsas norte-americanas, que indicam uma abertura bem positiva, embalada pelos balanços favoráveis da Google, AMD, Caterpillar e Honeywell, dissipando as preocupações com o crescimento e a inflação na China.
A notícia do jornal britânico Times de que o HSBC será um sério interessado na compra das operações brasileiras do ABN Amro, o ABN Real, avaliado em cerca de R$ 28 bilhões, se elas ficarem disponíveis após a disputa pelo controle do banco holandês, pode repercutir nos papéis dos bancos, que têm sido sensíveis ao noticiário sobre reestruturação do setor no mundo. Na Europa, as ações de instituições financeiras estão em alta.
Os papéis da Gol, por sua vez, devem reagir ao lucro líquido do primeiro trimestre anunciado hoje pela empresa, de R$ 116,582 milhões, no padrão de contabilidade norte-americano. O número superou a média das projeções de alguns analistas.