Bovespa se aproxima dos 49 mil pontos

O dia não poderia estar sendo mais positivo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que logo na abertura ultrapassou os 48 mil pontos, atingindo novo recorde diário, e desde então vem renovando sucessivas máximas. Às 12h03, a Bolsa subia 1,64%, aos 48.713 pontos, após atingir a máxima recorde diária de 48.756 pontos (+1,73%), rumo aos 49 mil pontos.

As boas notícias se sucedem, tanto do lado externo como interno, o que mantêm o aceso do interesse dos investidores por ativos de risco. Com isso, o vencimento de opções ( data de validade desses contratos de opções) sobre ações está sendo dos comprados. Petrobras preferencial (PN) subia 1,14%, valendo R$ 48,25 às 12h06, liderando o giro financeiro do dia. Esse é um dos principais papéis do vencimento, juntamente com Vale PNA, que avançava 2,39% e Telemar PN, +0,59%.

O interesse maior pela renda variável pode ser medido pelo aumento do fluxo de capital estrangeiro. Há sete dias, a Bovespa vem registrando entrada de capital externo. No dia 11, o ingresso de R$ 207,686 milhões, elevou para R$ 817,915 milhões o saldo no mês. No ano, o superávit é de R$ 1,120 bilhão. A queda do Risco Pais, que hoje cedo atingiu 151 pontos na mínima, mais as melhoras significativas nos cenários de inflação, o que fortalece ainda mais as expectativa de queda de juro, estimulam cada vez mais a compra de papéis de empresas brasileiras.

Para alguns analistas, a decisão do Banco Central de não mais anunciar na véspera a realização de leilões de swap cambial reverso (equivalente a uma compra de dólares no mercado futuro) estaria ajudando hoje a alimentar expectativa de corte maior da taxa de juros, de 0,50 ponto porcentual, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. Mas no mercado de juro, prossegue a aposta majoritária de corte de 0,25 ponto.

Além disso, a semana começou bem para as bolsas norte-americanas que subiam mais de 0,60%, influenciadas pelos balanços anunciados hoje cedo (Citigroup, Wachovia e Eli Lilly), pela oferta de US$ 25 bilhões pela instituição de crédito estudantil Sallie Mae e pelos indicadores econômicos divulgados, especialmente vendas no varejo, que subiram mais do que o esperado, arrefecendo preocupações com o ritmo da atividade econômica nos Estados Unidos.

As ações do setor bancário são destaque de alta. Unibanco tinha ganho de 4,35%, liderando o ranking de melhores desempenhos. Bradesco PN avançava 2,63% e Itaú PN 2,06%. A valorização das ações do setor está relacionada à possibilidade de venda do ABN Amro para os bancos Fortis, Royal Bank of Scotland (RBS) e Santander, que confirmaram na sexta-feira o envio de uma carta conjunta em 12 de abril aos presidentes do conselho supervisor e administrativo do ABN Amro manifestando o interesse em lançar uma proposta de aquisição pela instituição.

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