A Bovespa tem um pregão morno hoje, com os investidores posicionando-se para o vencimento de opções sobre ações de segunda-feira (21). O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, opera próximo da estabilidade, com queda de 0,31%, para 37.441 pontos, com volume de R$ 1,4 bilhão, projetando R$ 1,6 bilhão no fechamento.
Petrobras PN sobe 0,68%, para R$ 44,65, com giro de R$ 174 milhões. Telemar PN ganha 3,30%, para R$ 30,38, com volume de R$ 131 milhões, o segundo maior movimento do dia. Os investidores tentam sustentar os papéis acima dos preços para o exercício de segunda-feira – compra de Petrobras a R$ 44 e de Telemar a R$ 30.
Telemar PN também lidera as altas do Ibovespa, acompanhada de TMAR PNA (+2,44%) e Telemar ON (+1,48%). O mercado está de olho nos desdobramentos da reestruturação do grupo, que anunciou ontem a continuidade do processo, mas sem a realização de uma oferta secundária de ações.
Conforme apurou a repórter Graziella Valenti, os analistas gostaram, em parte, da decisão da Telemar. Isto porque anteriormente havia muita dúvida a respeito da demanda pelos papéis da oferta secundária, cujo preço mínimo foi considerado bastante salgado. No entanto, o outro problema da proposta da empresa – a diferença dos prêmios implícitos nas relações de troca das preferenciais e das ordinárias – persiste. Já se disseminou no mercado o entendimento de que haverá disputa com minoritários por conta disso. A crença neste debate também ajuda a explicar a alta de hoje das ações preferenciais, embora o prêmio maior ainda esteja nas ordinárias.
Entre as baixas do dia, a predominância é de ações do setor elétrico. Light ON perde 3,24%, Eletrobrás ON cai 3,01% e Cteep PN recua 2,20%. O leilão de linhas de transmissão marcado para hoje, no Rio de Janeiro, foi cancelado devido a duas liminares concedidas pela Justiça Federal de Brasília, impetradas pela Isolux Wat S.A na 8ª Vara Federal e pela Elecnor, na 3ª Vara Federal. As duas empresas questionaram o processo de revisão tarifária das linhas.
Ontem à noite, o diretor financeiro da Eletrobrás, José Drummond Saraiva, havia tocado no mesmo assunto durante apresentação na Abamec-Rio. Segundo ele, as empresas de transmissão de energia elétrica estão questionando os critérios que a Aneel está adotando para o cálculo dos investimentos realizados em linhas de transmissão e em subestações. A Aneel, através da Resolução 158, está considerando apenas uma parcela dos investimentos que as empresas do setor estão fazendo para reforço do sistema nacional de transmissão. "Fazemos os investimentos por solicitação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para dar mais robustez ao sistema, mas a Aneel só quer considerar 40% ou 50% do valor efetivamente investido. Com isso, há uma redução proporcional nas taxas de retorno de todas as empresas do segmento de transmissão, não só da Eletrobrás", disse.