A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reagiu mal ao pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, no Congresso norte-americano. Na mínima, o principal índice da bolsa paulista (Ibovespa) que vinha operando em baixa pressionada pela disparada do petróleo e pelo dado de encomendas de bens duráveis nos EUA abaixo do esperado acelerou a queda para quase 2%, acompanhando a piora de humor nas bolsas de Nova York.

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Bernanke adicionou mais incertezas em relação à trajetória dos juros e da atividade econômica nos Estados Unidos. O presidente do Fed fez uma série de alertas em relação às perspectivas para o crescimento e para a inflação no texto preparado para seu depoimento do Congresso. Segundo ele, as perspectivas para o setor imobiliário "continuam incertas" e o setor continuará a ser um limitador sobre o avanço econômico "por certo período".

Às 12h13, o Ibovespa havia saído das mínimas, com os investidores, aparentemente, tentando manter o sangue frio. A queda era de 1,47%, com giro financeiro elevado para o horário, de R$ 1,33 bilhão, indicando para o fechamento do pregão R$ 4,03 bilhões.

No mercado de câmbio, os especialistas avaliaram que as palavras de Bernanke confirmaram as incertezas que o mercado tem em relação à economia norte-americana e isso deixou os investidores desconfortáveis. A reação foi de alta na cotação ante o real, que atingiu máxima de R$ 2,078, com valorização de 0,73% no mercado interbancário (dólar comercial) e de 0,77% na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Às 12h14, o dólar comercial valia R$ 2,0750 (+0,58%) e o dólar à vista na BM&F era negociado a R$ 2,0755 (+0,65%). No juro futuro, as taxas de longo prazo seguem em alta acompanhando o desempenho ruim externo.

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