A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa e caía 0,55% para 48.488 pontos, indicando que a quarta-feira será para que os investidores embolsem os lucros dos últimos dias, conhecido por realização de lucros. Segundo operadores, a Bovespa deve hoje ficar presa ao vencimento de contratos do índice futuro negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A briga costuma esquentar mesmo no período da tarde, quando ocorre o ajuste de posições. É esperado para esse exercício um volume igual ou maior do que o registrado no anterior, de 14 de fevereiro, que movimentou R$ 4 bilhões, mas o giro total da Bolsa naquele dia foi de R$ 14,3 bilhões.
A agenda do dia não promete emoções. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o principal evento desta quarta-feira, só deverá terminar após o fechamento dos pregões e portanto, o impacto da decisão só será percebido amanhã.
Do lado externo, com a agenda fraca de indicadores, os investidores dirigem o foco das atenções para os balanços das empresas norte-americanas. Os índices futuros de Wall Street estão sendo pressionados pelos resultados fracos da Yahoo e um rebaixamento da IBM, apesar do resultado favorável da Intel. A Motorola trouxe resultado em linha com o previsto no primeiro trimestre, mas projeções desapontadoras para o segundo trimestre.
A realização de lucros nos metais – estanho despencava mais de 6% em Londres – pode mexer com as cotações das siderúrgicas e da Vale na Bolsa hoje, assim como Petrobras deve ser influenciada pelo comportamento do petróleo, que espera em baixa a divulgação dos estoques semanais de óleo e derivados nos Estados Unidos.
Ipiranga
Há expectativa no Brasil em relação ao comportamento das ações da Braskem e da Petrobras, depois de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ter determinado que as empresas (Petrobras, Braskem e Ultra) garantam a reversibilidade da compra da Ipiranga, anunciada no dia 19 de março. Com isso, o Cade impede as companhias de tomarem qualquer decisão estratégica ou comercial que afetem as empresas do Grupo Ipiranga.
A medida valerá até que o conselho julgue o mérito da aquisição e seu impacto na concorrência. Em nota divulgada nesta quarta-feira (18), a Braskem informa que a decisão do órgão não altera o processo de fechamento da operação, previsto para esta quarta-feira. A empresa diz também que já iniciou "avaliação sobre suas implicações e abrangência" da medida cautelar do Cade.
