O Botafogo confirmou seu favoritismo ao derrotar neste domingo (22) a Cabofriense e, de quebra, conquistar o título da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. Com um futebol envolvente, venceu por 3 a 1 e poderia ter goleado, tamanha facilidade para chegar à área adversária. A torcida alvinegra, que lotou o Maracanã, soltou o grito de campeão aos 19 minutos do primeiro tempo, quando o time já vencia por 3 a 0.
Agora, o Botafogo faz contra o Flamengo, no Maracanã, as duas partidas da grande decisão do Carioca. A primeira será disputada no próximo domingo, às 16 horas. E a segunda, no dia 6 de maio, no mesmo horário. Antes, no meio de semana, o Alvinegro recebe o Coritiba, no Maracanã, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O Botafogo venceu o jogo de ida, em Curitiba, por 1 a 0.
"O time jogou bem e soube administrar o resultado. Flamengo e Botafogo vão fazer uma final merecida. Quem ganha com isso é o torcedor", declarou o técnico Cuca, eufórico. Com a derrota, a Cabofriense beneficiou o América-RJ, que garantiu classificação para a Série C do Campeonato Brasileiro de 2007, e ainda pode perder o seu treinador. Waldemar Lemos é o nome mais cotado para assumir o Fluminense. "Fico satisfeito pela lembrança", disse o treinador, antes do início da decisão.
O jogo
Aos 11 minutos, o volante Túlio fez 1 a 0 num chute de primeira após cobrança de falta do lateral-esquerdo Luciano Almeida. Logo em seguida, o atacante Dodô foi autor de mais uma obra-prima. Driblou um zagueiro da Cabofriense e, de fora da área, acertou um chute forte no ângulo. Gatti só pulou por hábito.
A festa ficou completa com o lance que originou o terceiro gol do Botafogo. A equipe alvinegra trocou pelo menos cinco passes antes do lançamento de Joílson para o meia Zé Roberto, que não perdoou. A euforia nas arquibancadas não diminuiu com o gol de cabeça do atacante Willian, aos 25 minutos: 3 a 1.
Na segunda etapa, um lance inusitado chamou a atenção. O zagueiro Cléberson deu um beijo no rosto do árbitro Ubiraci Damásio enquanto reclamava de uma marcação de falta e levou cartão amarelo. O juiz também se envolveu em outro lance polêmico.
Quase no fim do confronto, ele demorou a assinalar falta clara de lateral-esquerdo Júlio César em Zé Roberto e, na seqüência do lance, Alexandro superou o goleiro Lopes, o que daria nova vida ao Cabofriense. Mas o árbitro, tardiamente, anulou o gol ao observar o auxiliar Beival do Nascimento Souza com a bandeira levantada e confirmando a irregularidade da jogada.
Beival foi chamado de ladrão pelo técnico da Cabofriense. "É uma vergonha", esbravejou Waldemar. O Botafogo também poderia reclamar do gol de Zé Roberto mal anulado pela arbitragem, mas preferiu comemorar a conquista com os torcedores.
Ficha Técnica:
Botafogo – Júlio César; Joilson, Alex, Juninho e Luciano Almeida; Leandro Guerreiro, Túlio, Zé Roberto (Juca) e Lúcio Flávio (Diguinho); Jorge Henrique (André Lima) e Dodô. Técnico – Cuca.
Cabofriense – Gatti; Jardel, Leandro Amaro, Cléberson e Júlio César; Marcão, Marcos Marins (Tenório), Zé Carlos e Ruy (Madisson); Marcelinho e William (Alexandro). Técnico – Waldemar Lemos
Gols – Túlio, aos 11; Dodô, aos 13; Zé Roberto, aos 19; e William, aos 25 minutos do primeiro tempo.