Brasília – O senador Jorge Bornhausen (PFL – SC) afirmou hoje (27) que é preciso continuar as investigações sobre os cartazes exibidos no último dia 25 em Brasília, no qual ele aparece como ditador nazista. Segundo ele, três pessoas, até o momento, foram identificadas como autores: Marcos Wilson, que trabalha na liderança do PT na Câmara Legislativa do Distrito Federal (DF), Avel de Alencar, funcionário do Serpro e diretor do Sindicato dos Profissionais de Processamento de Dados do DF, e o irmão dele, Avelmar de Alencar, seriam os responsáveis pelo manifesto.
Bornhausen duvidou que o funcionário do Serpro tenha arcado sozinho com os custos e por isso, afirmou que a Polícia Civil deve continuar investigando o fato. O senador apresentou ainda uma séria de datas que ligariam outras pessoas ao caso, incluindo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Segundo ele, no dia 22 de setembro Wilson manda o e-mail para Avel. No dia 2 de outubro, Avel paga para fazer os cartazes. No dia 06 do mesmo mês, os cartazes são entregues. No dia 09 deste mês, o presidente da CUT, João Felício, dá uma entrevista à revista Carta Capital onde faz denúncias contra Bornhausen.
De de acordo com o senador, no dia 20, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, faz uma declaração afirmando que Bornhausen tem saudades de Adolf Hitler. No dia 25, os cartazes são espalhados pela capital federal. "Eu não posso dizer que sim nem que não, foi ele que citou o ditador nazi-fascista. Ele é que tem que se explicar", disse.
O senador disse que a Polícia Civil do DF encontrou um cheque no valor de R$ 1.060 que teria sido usado para pagar o serviço gráfico. Na avaliação de presidente nacional do PFL, Marco Wilson foi o autor da arte. Ele teria enviado um e-mail para Avel com duas opções para os cartazes, uma com moldura e outra sem. No e-mail, segundo Bornhausen, Wilson sugere que seja usada a opção com moldura porque demonstrava o senador do PFL mais autoritário.