O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, confirmou hoje a pré-candidatura do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), à sucessão presidencial em 2006. "O Lula é um candidato forte, mas não imbatível. O candidato do nosso partido é o prefeito César Maia e vamos nos posicionar para unificar a legenda em torno dessa candidatura", informou ele. Bornhausen afirmou que seu partido está se preparando também para uma aliança com os tucanos em 2006: "Se não for no primeiro turno, com certeza será no segundo."
Bornhausen, que participou na capital de um seminário promovido pelo Instituto Tancredo Neves sobre a agenda de reformas e a geração de empregos, disse que após as eleições municipais deste ano, o quadro eleitoral reduziu o número de candidaturas viáveis para 2006. "Muitos já sobraram, como Garotinho e Ciro Gomes. E o quadro reduziu-se ao Lula, ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao César Maia do meu partido." Na sua avaliação, a disputa presidencial de 2006 dificilmente fugirá dessa equação.
Sobre as eleições presidenciais, Bornhausen não descarta para as eleições de 2006 a repetição da aliança que elegeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e que teve como vice o pefelista Marco Maciel. Para o presidente do PFL, no cenário atual, a tendência é que tucanos e pefelistas tenham candidaturas próprias. Mas ele adiantou que já existe diálogo e conversas para um acordo entre os dois partidos, se não for no primeiro turno do pleito de 2006, ele aposta que no segundo turno isso ocorrerá.
Incompetência
Ao falar da reforma ministerial que o governo do presidente Lula vem realizando, Jorge Bornhausen destacou: "Vamos conviver com a incompetência por mais dois anos." E ressaltou: "Desde o início do governo, o Lula sempre esteve nessa situação, não tinha plano de governo, o PT não se preparou para governar e também não tem quadros."
