Envolvida no esquema do "valerioduto", a Bônus-Banval Corretora de Títulos e Valores Mobiliários decidiu deixar de operar no mercado financeiro. A informação consta de comunicado divulgado hoje (23) no Sisbacen (Sistema de Informação do Banco Central), que reproduz a declaração de propósito da empresa publicada no "Jornal da Tarde" de quarta e quinta-feiras da semana passada. Com a divulgação da declaração no Sisbacen, o Banco Central abriu prazo de 30 dias para que sejam encaminhadas eventuais restrições à decisão da corretora.

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Segundo o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, a corretora intermediou R$ 3,5 milhões em pagamentos do "mensalão" ao PT, ao PP e ao PL. De posse dos dados bancários dos envolvidos no "valerioduto", a CPI dos Correios descobriu que pelo menos R$ 6 milhões saíram das empresas de Valério e foram parar nas contas da Bônus-Banval. Segundo a comissão, o dinheiro que irrigou as contas da corretora tinha como origem, na verdade, a empresa Visanet, que tem o Banco do Brasil como um dos principais sócios. A CPI ainda investiga os destinatários finais desses R$ 6 milhões e deve propor o indiciamento dos sócios da corretora.

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