Boneco não é usado em simulação da morte de garoto

A polícia civil do Rio começou a fazer uma simulação do crime que terminou com a morte do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos, arrastado por assaltantes em fuga no carro da mãe. Apesar de os peritos terem trazido no carro um boneco de madeira que pudesse representar o corpo da criança, eles decidiram não usá-lo em respeito à família. Em alguns pontos, os policiais utilizaram uma seta vermelha para indicar a posição do corpo em relação ao automóvel.

Liderados pelo delegado Hércules Nascimento, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli refazem o percurso dos criminosos no bairro Oswaldo Cruz, na zona Norte, utilizando um automóvel Fiat Stilo de cor cinza no lugar do automóvel roubado. Os policiais também fazem reconhecimento de local e medem distâncias. A equipe já fez pelo menos cinco paradas no trajeto de sete quilômetros pelo qual o menino foi arrastado até a morte.

Segundo o delegado, o objetivo da simulação é reforçar o depoimento de duas testemunhas-chave para o inquérito. Um deles é o motoqueiro que viu o corpo sendo arrastado e perseguiu os assaltantes, tentando alertá-los. O outro é o motorista que teria emparelhado o carro com o dos bandidos com o mesmo objetivo. O depoimento dos dois foi essencial para a identificação do assaltante que dirigia o veículo.

O motorista reconheceu Carlos Eduardo Toledo Lima, o Dudu, como sendo quem guiava o veículo roubado e o motociclista teria confirmado que Diego Nascimento da Silva o teria ameaçado do banco dianteiro do carona. De acordo com a polícia, o menor apreendido pelo crime estava no banco de trás.

A simulação não é uma reconstituição formal do crime, já que não conta com a presença dos criminosos, de testemunhas ou das vítimas do assalto. O procedimento também não está sendo realizado no horário do crime, como preconiza uma reconstituição.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo