Após uma operação de resgate de mais de 150 horas, bombeiros removeram ontem (18) os corpos do motorista e do cobrador do microônibus que passava pela Rua Capri há uma semana e foi engolido pela cratera no metrô de Pinheiros. Perto da meia-noite outro corpo de homem foi localizado na van. Até 0h30, ele ainda não havia sido identificado, mas poderia ser do funcionário público Márcio Rodrigues Alambert, de 31 anos. Com isso, seis vítimas foram resgatadas.

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A 1 metro do painel do veículo, totalmente destruído, as equipes encontraram às 16h30 os corpos do motorista Reinaldo Aparecido Leite, de 40, e do cobrador Wescley Adriano da Silva, de 22. A identidade deles foi confirmada por impressões digitais. A causa da morte foi politraumatismo.

À tarde, um deslizamento, ocorrido quando o veículo foi desprendido de uma malha de aço da estrutura da estação do metrô fez a traseira da van levantar, atrasando o trabalho. As cadelas farejadoras do Corpo de Bombeiros, Dara e Anny, apontaram a existência de mais um corpo naquele local, próximo de onde foi retirada a segunda vítima do acidente, a bacharel em Direito Valéria Marmit.

Às 22h30, 30 homens faziam a remoção de terra e de uma rocha, com auxílio de uma retroescavadeira. Soldados trabalhavam presos por cordas na cintura, para serem puxados em caso de deslizamentos.

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Os corpos do motorista e do cobrador estavam presos às ferragens da van – a distância entre o banco e o teto é de 50 centímetros. Para a retirada, os bombeiros utilizaram tesouras e tensores hidráulicos e cortaram em pedaços o microônibus.

As equipes ainda não consideravam ontem o contínuo Cícero Augustinho Silva vítima do acidente. Mas tanto bombeiros quanto o Consórcio Via Amarela, responsável pela obra disseram que as buscas prosseguirão desde que haja indícios de que Cícero, desaparecido há uma semana, tenha caído na cratera.

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A primeira vítima do acidente foi retirada segunda-feira. Abigail de Azevedo, de 75, estava a 5 metros da van. Também no vão aberto com o colapso da Rua Capri foi achado o corpo de Valéria, passageira do microônibus. Ele foi removido anteontem, assim como o do caminhoneiro Francisco Torres, de 40, localizado na cratera maior, onde ficava o canteiro de obras.