Anderson Tozato
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Incêndio já foi controlado, mas as buscas pelos corpos de dois tripulantes ainda continuam. 

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Após vinte horas de trabalho, o Corpo de Bombeiros conseguiu controlar os focos de fogo que ainda existiam no navio chileno Vicuña que explodiu na última segunda-feira no Terminal da Cataline, no Porto de Paranaguá. Hoje, todo o trabalho será voltado para a limpeza da baía de Paranaguá, contaminada por metanol e óleo numa extensão de 18 quilômetros.

As buscas aos dois corpos desaparecidos continuam. Os outros dois encontrados ontem estão no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Os 24 tripulantes que sobreviveram estão todos hospedados num mesmo hotel e permanecerão na cidade até serem concluídos os depoimentos à polícia sobre o que aconteceu na hora do acidente.

Técnicos da Petrobras, da Capitania dos Portos, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do Ibama trabalham no local instalando barreiras de contenção do vazamento e no reparo dos danos.
São 350 pessoas envolvidas na operação de limpeza. A expectativa é de que os trabalhos durem cerca de três meses. Ainda não há previsão para a retirada do mar do que sobrou do navio, um amontoado de ferros retorcidos. Já chegaram a Paranaguá dois peritos ingleses especializados neste tipo de acidente, que vão auxiliar técnicos brasileiros na retirada do navio sem causar mais prejuízos ao meio ambiente.

Estão proibidas as atividades de pesca em toda a baía. Segundo o secretário do Meio Ambiente do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, o acidente "ainda está em curso" já que o vazamento ainda não foi totalmente retido. Ainda há óleo dentro do navio , que vem sendo retirado por meio de respiros que bombeiam a carga diretamente para caminhões-tanques.

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Segundo o secretário, não dá ainda para dimensionar o tamanho do estrago, mas três baías já foram atingidas: a própria Paranaguá, Guaraqueçaba e Antonina, além de algumas áreas como o oeste da Ilha do Mel e Ilha das Cobras.