Aviões israelenses bombardearam hoje o Líbano pelo sétimo dia consecutivo, matando 31 pessoas, e mais foguetes do grupo xiita Hezbollah atingiram o norte de Israel, matando uma pessoa. Civis dos dois lados estão amedrontados com os ataques, mas tanto Israel quanto o Hezbollah não mostraram nenhuma disposição de conter a ofensiva, que já deixou 235 mortos no Líbano e 25 em Israel.
Um foguete do Hezbollah caiu hoje na cidade israelense de Nahariya, matando uma pessoa. Outros foguetes caíram hoje em Haifa, onde um ataque do Hezbollah matou oito pessoas no domingo. O porto de Haifa ficou fechado hoje pelo segundo dia.
No Líbano, nove membros da mesma família, incluindo crianças, foram mortas em um ataque aéreo contra sua casa no vilarejo de Aitaroun, perto da fronteira com Israel. Outras dez pessoas morreram em bombardeios no Vale do Bekaa e no sul. Entre os mortos está o brasileiro Bassel Tormos, de 8 anos, atingido em um ataque contra o vilarejo de Tallouse, no sul do país.
Aviões de Israel também bombardearam hoje postos do Exército no leste de Beirute, matando 11 soldados, incluindo 4 oficiais, e ferindo outros 30 militares. Um caminhão levando remédios doados pelos Emirados Árabes Unidos também foi atingido por mísseis israelense e o motorista morreu.
O Exército de Israel disse hoje que o Hezbollah estava contrabandeando armas da Síria, mas acrescentou que não considerava a Síria um alvo. Os EUA pediram ao Irã e à Síria, que apóiam o Hezbollah, a usarem sua influência para fazer com que o grupo xiita pare de lançar os foguetes.
A crise começou há uma semana, quando membros do Hezbollah invadiram o norte de Israel, seqüestraram dois soldados israelenses e mataram outros oito. O primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert, disse hoje que o Hezbollah coordenou os seqüestros dos soldados com o Irã, acusando o governo de Teerã de tentar desviar a atenção de seu programa nuclear. Olmert declarou também que não negociará com o Hezbollah e disse que era muito cedo para falar sobre o envio de uma nova força de estabilização para o Líbano.