Em Medina, no Vale do Jequitinhonha (MG), o Bolsa Família representa 36,9% da arrecadação mensal da cidade. O repasse do programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) equivale a 9,3% da receita de Águia Branca, no Espírito Santo, índice que é de 13,2% em Várzea, no interior de Pernambuco. Em vários municípios brasileiros, principalmente os menores e nas regiões mais pobres, a situação é semelhante: o Bolsa Família tem contribuído para aquecer a economia local.

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?O valor por família pode parecer pequeno, mas quando se junta o montante repassado pelo programa, o recurso é bastante significativo, movimentando o comércio, principalmente com a compra de alimentos?, afirma o prefeito de Medina, Josélio Roza . Na cidade, onde predominam as atividades agropecuárias e de extração do granito, o Bolsa Família está presente em 2.098 lares. Em setembro, o repasse foi R$ 147.637,00, chegando a 87% das famílias pobres da cidade. ?Se não fosse o dinheiro do Bolsa Família, muitos passariam dificuldades?, ressalta. A arrecadação mensal do município, segundo o prefeito, é de R$ 400 mil.

Na opinião do prefeito de Águia Branca, Jailson José Quiuqui, o Bolsa Família tem um impacto social muito forte, aliado ao aquecimento da economia local. ?Ao receber os recursos, as famílias compram material escolar para as crianças e alimentação para casa e isto tem movimentado bastante o nosso comércio?, destaca ele, que administra uma receita de R$ 700 mil por mês. No município, 875 famílias recebem o Bolsa Família ( 87% dos lares pobres) e os recursos mensais do programa somam R$ 64.857 00.

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