Bolsa de especulações

O ex-ministro Ciro Gomes cresceu na bolsa de especulações sobre o provável candidato à Vice-Presidência na chapa de Lula. Ontem era o nome com razoável número de apostas. E não se fez de rogado: deitou falação sobre o provincianismo paulista como um dos fatores do atraso das relações políticas no País e propôs um pacto entre os presidenciáveis do PT e do PSDB com vistas à aprovação das reformas essenciais, entre elas a política, fiscal e trabalhista.

Lula tem dúvidas sobre quem será seu parceiro de chapa. Segundo os comentaristas a preferência desabrida é pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, que traria uma aura de desejável respeitabilidade à coligação encimada pelo Partido dos Trabalhadores, depois da corrosão sofrida nos últimos meses. Contudo, ao que parece Jobim está hibernando nos pampas longínquos de Bagé, na fronteira entre Brasil e Uruguai, sem dar sinal de vida. O atual vice José Alencar, o ?Velho?, no vocabulário carinhoso do presidente, não deverá repetir a dose e, diante do imbróglio interno de um PMDB a cada dia mais conflitante, a tarefa poderá recair sobre Ciro Gomes (PSB).

Ciro foi prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e ministro da Fazenda nos últimos meses do governo Itamar Franco. Foi candidato a presidente em 2002, mas não passou do primeiro turno desembarcando com armas e bagagens na campanha de Lula, de quem foi ministro da Integração Nacional. É um eficiente quadro político que, em conseguindo dominar o acendrado pendor para a arrogância, poderá dar boas contribuições ao segundo governo de Luiz Inácio.

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