O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) lançaram hoje o Mercado Brasileiro de Emissões (MBRE). O convênio, primeiro a ser implantado em um país em desenvolvimento, servirá para negociar créditos de carbono (direito de emitir gases poluentes), que possam ser gerados por projetos de redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.
O objetivo é criar um processo transparente de formação de preços que estimule o desenvolvimento de projetos que gerem reduções e crie competitividade no mercado. As operações devem começar no final do primeiro semestre de 2005. O programa foi oficialmente lançado pelo ministro Luiz Fernando Furlan.
Nos primeiros meses, será desenvolvido um banco de Projetos de Redução de Emissões de Gases do Efeito Estufa e implementado um sistema específico para operacionalizar o mercado de créditos de carbono, além de um programa de capacitação inicial de multiplicadores para a operação do MBRE.
"O programa que estamos focando tem enorme significado econômico, social e político para o Brasil. Com isso, daremos uma contribuição importante ao esforço planetário em prol da luta contra o aquecimento global e ao mesmo tempo estamos fomentando o surgimento no Brasil de projetos na área de mecanismos de desenvolvimento limpo", disse o presidente da BM&F, Manoel Cintra.