O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, disse na quinta à agência estatal de informações que o país está disposto a pagar apenas um terço do valor pedido pela Petrobras para as duas refinarias. Segundo ele, o valor será de US$ 60 milhões.
Ele também pediu mais "flexibilidade" por parte da estatal brasileira na negociação com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). "Eles manejam um preço a partir de um determinado cálculo e nós temos feito outro cálculo com base na informação de livros da empresa", ponderou.
A Petrobras iniciou as negociações com um valor superior a US$ 180 milhões, podendo alcançar US$ 200 milhões. Esse valor já está em níveis mais baixos. "Oxalá encontremos flexibilidade por parte da Petrobras. Não se pode aceitar US$ 120 milhões ou US$ 150 milhões porque teríamos problemas legais", explicou o vice-presidente à Agência Bolívia de Informações (ABI). Ele disse que o valor das refinarias será avaliado com base em um estudo.
O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, comunicou à Petrobras que aguardará 10 dias para fazer um acordo amigável sobre as duas refinarias. Terminado esse prazo, o presidente Evo Morales ordenará o cumprimento do decreto de nacionalização, que prevê a tomada do controle dos ativos e a sua transferência para a YPFB.