As autoridades bolivianas anunciaram sábado que pretendem interrogar quatro ex-executivos, três da Petrobras e um da Andina (afiliada do grupo espano argentino Repsol YPF), sobre a acusação de venda ilegal de gás natural para o Brasil.
Os procuradores fizeram uma incursão nos escritórios da Repsol, na sexta-feira passada. A operação pretendia encontrar os contratos de 2002 entre as duas companhias, que teriam exportado gás natural boliviano para o Brasil por preços abaixo da tabela.
Alberto Cornejo, promotor do Estado de Santa Cruz, disse à Associated Press no sábado que Ruben Patritti Leiva, Antonio Luiz Silva de Menezes e Luis Rodolfo Landim, ex-executivos da estatal brasileira, e José Maria Moreno, ex-diretor da Andina, estão entre os nomes citados na investigação e são procurados. Os quatro não vivem mais na Bolívia.
O ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, estima que as vendas com preços abaixo do mercado ocorreram nos últimos quatro anos e custaram ao governo da Bolívia US$ 161 milhões. As informações são da Dow Jones.