A caixa-preta do Boeing da Gol só suportou os primeiros 54 segundos de queda, tempo que aparece registrado no gravador de dados. Não há precisão de quanto tempo mais o avião levou para a atingir o solo, embora o responsável pela investigação, coronel Rufino Ferreira, acredite que tenha sido em torno de um minuto.

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Conforme o relatório preliminar, divulgado ontem, há registro que a distância entre o ponto do impacto das aeronaves e a área onde foram encontrados destroços do Boeing é de 6,2 quilômetros. O coronel crê que, depois dos 54 segundos, acabou a energia do avião. De acordo com o relatório, o avião foi atingido quando estava a 37 mil pés de altitude, conforme foi determinado pelo tráfego aéreo para ele.

O relatório assegura que, desde as 15h35, quando decolou de Manaus, até as 16h56s54, quando houve a colisão, "não ocorreu nenhum tipo de perda de contato" pelo radar do centro de controle aéreo amazônico, "até a sua transferência para o Centro Brasília". O coronel Rufino não informa em que momento foi feita essa transferência de comando de controles, justificando que não se concentrou na avaliação do acidente pelo lado do Boeing da Gol.

O coronel Rufino garante que não houve alerta ao Boeing de que o Legacy estava indo em sua direção. Para ele, ‘possivelmente’ o choque foi da asa esquerda do Boeing com a asa esquerda do Legacy e que, após a colisão, o avião "se desintegrou" e ficou "incontrolável aos pilotos, iniciando imediato mergulho até o solo" já que, cada aeronave voava a 800 km/h.

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