O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira (11) mudanças na regra de liberação de crédito para as montadoras e fabricantes de autopeças para incentivar investimentos em países do Mercosul. A instituição vai aceitar a inclusão de autopeças produzidas na Argentina, no Uruguai e no Paraguai dentro da contabilidade de conteúdo local exigido para empréstimos com juros reduzidos.

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Atualmente, para ter acesso à linha especial, as empresas de veículos e de sistemas automotivos precisam utilizar 60% de peças fabricadas no Brasil. A nova regra vai permitir que 20% desse conteúdo venha de peças e componentes dos demais países do bloco. Os 40% restantes podem continuar a ser importados de outras regiões.

O novo modelo foi anunciado pelo superintendente do BNDES, Luiz Antonio Araújo Dantas, aos participantes do primeiro congresso de fabricantes de autopeças do Mercosul, organizados pelo Mercoparts, grupo criado há dois anos e até então presidido por Paulo Butori, presidente do Sindipeças, que ontem passou o cargo para Rodolfo Achille, da Argentina.

Segundo Dantas, "é uma forma de promover maior integração na região. Desde 1997, o BNDES liberou US$ 2,3 bilhões em linhas de crédito para projetos na América do Sul de diversos setores. Quase metade do montante foi liberado nos últimos três anos.

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O BNDES não tem um valor específico para projetos para o setor automotivo. Os programas serão voltados especialmente para novas linhas produtivas, modernização e parcerias ou joint ventures.