O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai aumentar o volume de desembolsos no segmento de energias renováveis, informou hoje a gerente do Departamento de Gás, Petróleo e Fontes Alternativas de Energia do BNDES, Cláudia Prates.
A maior parte do acréscimo será destinada a projetos ligados a etanol e biodiesel, que passará de R$ 2 bilhões para R$ 3,5 bilhões. Já para a construção de usinas de co-geração de energia a partir da biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e energia eólica, o montante de investimento deverá repetir o total de R$ 1,4 bilhão de desembolso, podendo chegar a até R$ 2 bilhões, "dependendo do andamento dos projetos".
"Os projetos de energia eólica ainda estão mais atrasados, por conta da falta de fornecedores no País. Hoje, há apenas um fabricante nacional e o banco não pode financiar a compra de equipamentos importados. No caso das PCHs e usinas de biomassa, os investimentos estão dentro do cronograma", afirmou, após participar de seminário sobre energias renováveis realizada na Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, no Rio.
Ela lembrou ainda que o setor de energia renovável é uma das prioridades do banco e está atrelado aos objetivos governamentais de redução do risco de desabastecimento, além da contribuição para o desenvolvimento sustentável.
Atualmente, a carteira do BNDES para projetos de energias renováveis é composta por 66 PCHs, que somam investimentos de R$ 6,1 bilhões, sendo R$ 4,3 bilhões financiados pelo banco; quatro usinas eólicas, com R$ 1 bilhão de investimentos totais e R$ 723 milhões financiados; 65 usinas de etanol (R$ 14,2 bilhões de investimento e R$ 8,4 bilhões de financiamento) e nove de biodiesel (R$ 535 milhões de financiamento e R$ 454 milhões de financiamento).