O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê desembolsar, este ano, em torno de R$ 1,6 bilhão para projetos vinculados a serviços na área de telecomunicações de operadoras móveis e celulares. A informação é do chefe do Departamento de Telecomunicações da instituição, Roberto Zurli. Desse total, R$ 1 bilhão já foi liberado durante este exercício.
O R$ 1,6 bilhão projetado repetem os desembolsos efetuados pelo banco para o setor no ano passado. A previsão é que esse patamar se mantenha também em 2006. Desde o início do processo de privatização da área de telecomunicações, em 1997, até hoje, foram desembolsados pelo banco para projetos de telecomunicações R$ 12 bilhões, disse Zurli.
Atendimento das metas de universalização definidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), expansão da capacidade e modernização são alguns dos objetivos das operadoras de telefonia fixa ao solicitarem empréstimo junto ao BNDES, enquanto as empresas de telefonia móvel dedicam recursos à extensão da área de cobertura e mudança de tecnologia, entre outras finalidades, de acordo com a Área de Telecomunicações do banco.
Os projetos, entretanto, são analisados pelo BNDES dentro de um plano de investimentos que contempla um horizonte de três anos, sem que isso impeça que, eventualmente, haja um projeto específico contemplado com crédito do banco. Roberto Zurli lembrou que a participação do BNDES nos projetos fica entre 50% a 60% para a parte de infra-estrutura e serviços e 80% para os equipamentos nacionais. O BNDES não financia equipamentos importados.
Segundo a Anatel, o objetivo previsto para 2005 no documento Perspectivas para Ampliação e Modernização do Setor de Telecomunicações (Paste), elaborado em 2000, já foi superado. O documento projetava para o final de 2005 um total de 58 milhões de acessos (aparelhos celulares) no Brasil. Essa marca já ultrapassou os 78,9 milhões de acessos.
