BNDES se concentrará para elevar taxa de investimento

O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quarta-feira (2), na solenidade em que recebeu o cargo do ex-presidente da instituição Demian Fiocca, que "o esforço maior" do banco estará concentrado em conseguir o aumento persistente da taxa nacional de poupança e investimento. No discurso, de dez páginas, ele se referiu a todos os setores econômicos como focos do BNDES.

Coutinho destacou "a necessidade de manter o equilíbrio a longo prazo do balanço de pagamentos, para que possamos continuar desfrutando dos benefícios da baixa volatilidade cambial – portanto, de inflação estabilizada".

Ele também defendeu a consolidação do "processo em curso" de fortalecimento fiscal e financeiro do Estado. Ressaltou ainda que o BNDES dará todo o apoio ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).

Logo no início do discurso, Coutinho lembrou sua indicação para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Recebi do excelentíssimo senhor presidente a orientação de colaborar junto ao Ministério do Desenvolvimento na implementação de uma política industrial de grande envergadura".

Miguel Jorge

O ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse hoje que o BNDES "precisa ganhar velocidade", em rápida entrevista após a solenidade de transmissão de cargo no BNDES para Luciano Coutinho.

O ministro contou que deseja que com Coutinho o banco possa "mudar um pouco esse processo de aprovação de projetos". Um dos pontos abordados no discurso de despedida de Fiocca foi a redução de prazos para isso, que são agora os menores nos últimos dez anos. O ministro acredita, porém, que mesmo estando hoje entre seis e oito meses, esse prazo médio "tem que ser mais rápido". O ministro Miguel Jorge elogiou Luciano Coutinho e disse que ele fez "discurso de longo alcance", que mostra o perfil do banco e "as fronteiras do BNDES".

Fiocca

Já o ex-presidente do BNDES Demian Fiocca, já convidado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a integrar sua equipe, disse que ainda não decidiu sobre o seu futuro profissional. "Hoje as minhas férias começam. Quero antes de tudo descansar para decidir. Não quero decidir já", afirmou. Ele não revelou se vai permanecer no governo, nem, se for esse o caso, que cargo irá ocupar.

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