O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer ser o indutor do processo de conexão entre os centros de pesquisa no país e a cadeia produtiva de insumos e equipamentos médicos, visando a diminuir o déficit da balança comercial brasileira no setor, estimado este ano em torno de US$ 4 bilhões. O objetivo é oferecer linhas de financiamento normais da instituição para estimular a substituição de importações, criando condições para que o Brasil se torne exportador.
Com a finalidade de estruturar uma política nacional de apoio ao setor, o Banco realiza em sua sede, no Rio de Janeiro, de 29 a 1º de outubro, o II Seminário Sobre o Complexo Industrial da Saúde: Insumos e Equipamentos Médicos.
Segundo dados fornecidos pelo BNDES, o Brasil já foi mais auto-suficiente no setor, embora as importações superassem sempre a produção nacional. No final dos anos 80, o déficit totalizava U$700 milhões, valor que se elevou em 13 anos para os US$ 4 bilhões, projetados para o presente exercício.
O mercado de produtos relacionados à saúde movimenta no mundo cerca de US$ 120 bilhões, sendo 45% das transações dominadas pelos Estados Unidos. O BNDES considera que falta ao Brasil uma política de incentivo a esse setor industrial, integrado por 400 empresas, que empregam cerca de 33 mil pessoas diretamente.
A produção brasileira de material para a área da saúde, englobando desde produtos têxteis, aparelhos eletroeletrônicos, produtos químicos, metalúrgicos, móveis e calçados, entre outros, soma US$ 1,4 bilhão.
