O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) vai liberar R$ 500 milhões para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) investir na ferrovia Nova Transnordestina, projeto da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN). A CSN adquiriu o direito de administrar a ferrovia da região Nordeste quando da privatização do setor. O banco estatal informou que o empreendimento prevê a criação de 1,5 mil empregos diretos, e que "vem sendo estruturado pela iniciativa privada desde 1998, em conjunto com o BNDES, e, desde então, tem recebido aplicações do Banco, por meio do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor)".
O banco esclareceu que o investimento total da Nova Transnordestina está estimado em cerca de R$ 4,5 bilhões, envolvendo recursos da CSN, do BNDES, do Finor e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). "Além dos R$ 500 milhões agora financiados pelo BNDES, a CSN investirá mais R$ 550 milhões na etapa final do projeto. Desse total, R$ 400 milhões serão emprestados pelo BNDES, em sua linha Finem (Financiamento ao Empreendimento). Já o Finor vai destinar R$ 823 milhões, enquanto o FDNE participará com recursos da ordem de R$ 2,2 bilhões", detalhou o banco, em comunicado.
Segundo o BNDES, os custos das desapropriações que serão efetuadas para o empreendimento serão quitados por verba orçamentária da União. Além disso, as despesas com aquisição de material rodante para a ferrovia terão cobertura por leasing operacional, depois da conclusão das obras, de acordo com o banco. No documento, o BNDES lembrou que a ferrovia terá 1.815 km de extensão, com 1.193 km de linhas novas e 622 km de vias antigas, a serem remodeladas. "O projeto inclui a construção de ramais e sub-ramais na malha Nordeste; a recuperação ou remodelação de trechos já operados pela CFN; e a construção de dois terminais portuários privativos: um no Porto de Pecém (CE) e o outro no Porto de Suape (PE)", esclareceu ainda, em comunicado.