De acordo com o BNDES, o investimento total no projeto será de R$ 112,1 milhões. O empréstimo da instituição corresponde a 80% do total do investimento programado pela MRC. O agente financeiro que repassará os recursos é o Itaú BBA. O banco destaca que a verba vai contribuir para o aumento da capacidade de transporte de soja na Região Sul e também poderá minimizar os gargalos para as exportações da commodity. Do total de vagões que serão comprados, 550 são do tipo Hooper, ou fechado, e serão utilizados para o transporte exclusivo de grãos. Os 100 restantes são do tipo tanque e vão transportar óleo comestível. Os equipamentos foram produzidos pela empresa nacional Randon.
O financiamento proposto pelo BNDES resultará numa espécie de parceria. A MRC vai alugar os vagões adquidos para a Bunge Brasil, do setor de alimentos. Esta assinará dois contratos com a concessionária de ferrovias da Região Sul, a América Latina Logística (ALL): um para sublocação dos vagões e outro para o transporte fretado de grãos. Em torno de 40% do transporte de grãos para a Região Sul é feito pela ALL, que detém praticamente toda a concessão ferroviária do Sul brasileiro.
Com dados da Associação Nacional de Transporte Ferroviário (ANTF), o BNDES destaca que de 1996 a 2002 o transporte ferroviário de cargas cresceu 43%. Nesse período, a participação do transporte nacional passou de 19% para 21%. Na safra 2002/2003, o País exportou 16 milhões de toneladas de soja: 32% (5,1 milhões de toneladas) por meio do Porto de Paranaguá (Paraná) e 1,8 milhão de toneladas (11%) pelo Porto de Rio Grande (Rio Grande do Sul).
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