BNDES estuda exigência de contrapartida social nos empréstimos

Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estuda pedir contrapartidas sociais às empresas para as quais empresta dinheiro. A mudança é defendida pela área social do banco, que vem tomando medidas para ampliar sua atuação no setor. "Queremos avançar na direção de apoiar projetos exemplares, que têm interação com a rede pública", diz o diretor da área social do banco, Maurício Borges Lemos. Para isso, uma equipe foi designada a estudar projetos que possam ser discutidos com as empresas, com o objetivo de fomentar os gastos em ações que beneficiem a população.

Lemos diz que ainda não há nenhuma definição sobre a obrigatoriedade de contrapartida social para a liberação de recursos e que a idéia será discutida com outras áreas do banco. "Não quero impor nada, mas é uma posição que defendemos", destaca o executivo. O objetivo, porém, é avançar nas políticas sociais da instituição, que hoje tem uma carteira de empréstimos de R$ 105 milhões para investimentos sociais dos setores público e privado.

Em 2003, por determinação do ex-presidente Carlos Lessa, o banco criou o Programa de Apoio a Investimentos Sociais de Empresas (PAIS), para financiar investimento das empresas que têm relacionamento com o BNDES nas áreas de saúde, educação, assistência social, meio ambiente, equipamentos públicos e criação de emprego e renda. Agora, diz Lemos, o banco prepara um novo salto: permitir empréstimos para ações sociais por empresas que ainda não são mutuárias do banco.

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