BNDES deve financiar projetos de integração sul-americana, diz Mantega

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Guido Mantega, afirmou que "estão sobrando recursos para o financiamento de projetos de integração da América do Sul", ao participar da 1ª Reunião de Chefes de Estado da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa), nesta sexta-feira. Segundo Mantega, a verba disponível não é usada porque são necessárias garantias e superação de entraves fiscais de alguns países da região.

Mantega ressaltou que o Brasil possui três garantias, mas são insuficientes. "As garantias para os projetos vêm de um convênio de créditos, que é uma figura que tinha sido extinta no passado recente, mas voltou a ser usado e viabiliza a maior parte dos projetos. Outra garantia é o crédito feito pelo Tesouro Brasileiro. Também é possível a fiança ou o aval de crédito. Mas os bancos cobram uma fortuna por estas garantias, 3% a 4%", ressalta.

De acordo com Mantega, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o Bndes a priorizar as ações voltadas para os povos sul americanos. "Por isso o Bndes realizou acordos com vários países", explica.

Mantega revelou que o banco firmará um acordo, ainda este mês, com a Corporação Andina de Fomento (CAF). "O convênio vai permitir atuação conjunta entre o BNDES e a CAF. Isto aumentará o número de projetos viabilizados superando obstáculos como os das garantias, que aumentarão em US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões".

Participam da reunião oito presidentes – Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela – dos 12 países que integram o bloco, e representantes da Colômbia, Uruguai, Guiana e Suriname. O encerramento do encontro está previsto para o início da tarde, com palestras dos presidentes da Bolívia, Eduardo Rodriguez Veltzé, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo