Rio ? O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investiu, entre janeiro e outubro deste ano, R$ 525 milhões nos setores de transporte metroviário e ferroviário. O valor é 187% maior do que o investido no mesmo período do ano passado. Para o diretor de Inclusão Social do Banco, Maurício Borges Lemos, mais recursos podem surgir na medida em que o Brasil aumentar seu crescimento econômico.
"Com um crescimento de 4 ou 5% ao ano, o país vai conquistar mais financiamentos. Para dar qualidade às nossas cidades é preciso dar um salto no setor metro-ferroviário", afirmou Lemos. Ele participou na manhã de hoje (12), no Rio de Janeiro, do Encontro sobre Perspectivas para o setor Metro-Ferroviário de Passageiros. O evento é realizado pela Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) em parceria com o BNDES.
Ainda durante o evento, o gerente de desenvolvimento urbano do Banco, de Charles Marot, disse que investir no transporte ferroviário, a longo prazo, pode representar uma importante economia para o país. "Os gastos com a implantação e a manutenção de uma boa estrutura de metrô, numa cidade como São Paulo, em 30 anos, podem ser cerca de US$ 200 milhões a menos do que o necessário para o transporte rodoviário", disse Marot.
Segundo ele, essa vantagem já é suficiente para despertar o interesse de se ampliar o sistema de trens e metrôs no país. "A ampliação do setor ferroviário traz ainda outros benefícios, como a redução de acidentes de trânsito, ganhos ambientais com a redução da poluição e maior mobilidade da população", afirmou Marot.
De acordo com Charles Marot, o crescimento dos transportes ferroviários tem influência direta na produtividade dos trabalhadores das grandes cidades. "Com a redução do tempo gasto no trajeto entre a casa e o local de trabalho, o trabalhador tem mais disposição para exercer suas atividades profissionais", disse.
