Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou hoje a aprovação do primeiro financiamento, no valor de R$ 900 milhões, dentro da nova modalidade Limite de Crédito. Criado neste ano, o Limite de Crédito deve tornar mais rápida a aprovação de projetos de clientes tradicionais da instituição. O beneficiado é o grupo Gerdau, do setor siderúrgico, que vai aplicar os recursos na modernização e atualização tecnológica das 12 usinas que mantém no país.
Segundo o economista Marcos Alecrim, da área de análise de projetos de insumos básicos em siderurgia do BNDES, os projetos que receberão apoio vão garantir a manutenção e melhoria da competitividade do grupo no mercado externo. Ele disse que o novo programa de financiamento, conhecido como crédito imediato ou crédito rápido, é "uma espécie de crédito rotativo, como se a empresa tivesse um cheque especial". Isso significa que a companhia "não vai receber os R$ 900 milhões cash, isto é, na mão", acrescentou. .
Marcos Alecrim informou que o grupo Gerdau tem pré-aprovado um limite de recursos para utilização em projetos que envolvam modernização e atualização tecnológica. À medida que for elaborando os projetos, o empréstimo será liberado. O economista reiterou que o BNDES objetiva o financiamento a investimentos e que a nova modalidade não foge a essa finalidade. "Essa modalidade operacional deverá facilitar o desembolso de recursos em projetos que se enquadrem nesse programa", disse ele.
O Limite de Crédito se destina a clientes enquadrados em uma determinada classificação de risco e que tenham relacionamento de longa data com o BNDES. Alecrim estimou que, ainda neste ano, uma parcela razoável do financiamento ? entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões – poderá ser liberada para a Gerdau. Ele explicou que a nova modalidade "favorece grupos que têm diversas unidades espalhadas pelo país e apresentem vários subprojetos que são dependentes de licenças ambientais". À medida que as licenças ambientais vão sendo emitidas, torna-se mais ágil o processo para liberação dos recursos, afirmou.
O crédito pré-aprovado pelo BNDES corresponde a 60% do investimento previsto pela Gerdau, da ordem de R$ 1,5 bilhão. Se o grupo utilizar o total do financiamento, injetará no projeto cerca de R$ 600 milhões com recursos próprios. Como se trata de modernização e atualização tecnológica, o banco não projetou quantos postos de trabalho poderão ser criados a partir do projeto.