Fiscalização rigorosa.

Os vereadores, membros da comissão que investiga os combustíveis em Curitiba, coordenaram uma blitz em postos da cidade para verificar a qualidade dos produtos. A ação foi realizada em conjunto com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), tendo ainda a participação da Delegacia da Receita Estadual, secretariais municipais de Urbanismo e Meio Ambiente e Comitê Sul-Brasileiro de Qualidade dos Combustíveis.

De acordo com o vereador José Aparecido Alves, o Jotapê (PSB), o objetivo da operação foi observar in loco a situação dos postos da capital, já que dos trinta representantes de postos convidados para prestar esclarecimentos à comissão, nenhum apareceu. “Alguns até se negaram a receber o convite, então, resolvi vir pessoalmente”, disse. Segundo ele, a comissão foi criada para averiguar as irregularidades existentes no setor. Entre as principais, estão a adulteração do produto, onde o Paraná registrava um índice de 22%. Esse número vem caindo devido a um trabalho de fiscalização realizado pela ANP e Ministério Público.

Além de investigar o setor, a intenção é criar uma legislação específica em Curitiba, garante o vereador. Como resultado da comissão, deverá ser criada uma lei que prevê a cassação da indicação fiscal para o posto que for autuado por três vezes. “Com isso, o dono do posto ficará impedido de abrir o estabelecimento no mesmo local”, disse Jotapê. Esse trabalho de fiscalização será feito pela Prefeitura, que deverá firmar um convênio com um laboratório que fará a análise do produto. O vereador acredita que com isso, a cidade estaria contribuindo com o trabalho da ANP, que acaba sendo prejudicado pela falta de pessoal. “Eles têm 50 funcionários para fiscalizar 30 mil postos no Brasil”, comentou.

Irregular

O primeiro posto fiscalizado ontem – no bairro do Boqueirão – não possuía licença ambiental e estava com alvará de funcionamento vencido há quase um ano. O proprietário foi notificado a regularizar a situação junto à Prefeitura Municipal, em quinze dias. Quanto ao combustível, a análise feita in loco não registrou nenhuma alteração. Porém, o resultado preciso só sai depois que uma amostra for analisada pela Universidade Federal do Paraná.

Para a análise no local, a química da ANP, Jaqueline Remmo coletou sete ml de gasolina e colocou em um analisador portátil, que fornece a octanagem, álcool, teor de benzeno, cor, aspecto e composição do produto. Em seguida fez o teste da proveta, misturando 50 ml de água com 50 ml de gasolina. O resultado dessa mistura tem que dar até 25% de álcool, que é o índice permitido pela legislação em vigor. Nesses dois testes o combustível estava dentro dos padrões.

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