O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse nesta quarta-feira (27) que os salários pagos pelos grandes clubes europeus a suas principais estrelas são "imorais" e levam as equipes a buscar dinheiro desesperadamente. "Esse tipo de salário não é moral, e definitivamente não é uma coisa boa para futebol", disse o dirigente, durante evento na Câmara de Comércio Suíça, em Zurique.

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O dirigente, que chega ao Brasil amanhã para conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sobre a Copa do Mundo de 2014, disse que os altos salários provocam um prejuízo nos balanços das equipes. "Eles acabam tendo de conseguir dinheiro por qualquer meio que seja possível", reclamou o dirigente.

A Fifa já manifestou preocupação com a presença de investidores milionários no futebol – o pedido ao Corinthians para que identifique quem são os investidores da MSI foi apenas uma das ações nesse sentido. Mas é a primeira que Blatter fala contra os altos valores que envolvem o negócio futebol.

Sem pênaltis

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Blatter disse ainda que a Fifa vai buscar uma solução para evitar a disputa de pênaltis na final da Copa do Mundo – já havia reclamado sobre isso num encontro com técnicos em Berlim, há duas semanas. "O futebol é um jogo coletivo, e os pênaltis se tornam uma solução individual, transformam o drama numa tragédia", reclamou.

Segundo ele, é possível mudar essa regra já para o Mundial de 2010, na África do Sul. "Ainda temos quatro anos, tempo não falta", explicou o dirigente. "O ideal seria realizar uma nova partida, ou então tirar jogadores das duas equipes e disputar um gol de ouro", concluiu.

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