Terá início amanhã (02) o 11º Sínodo dos Bispos, no Vaticano. A reunião, que tradicionalmente serve para discutir assuntos da Igreja Católica e determinar os próximos passos que ela deve tomar, será a primeira comandada por Bento XVI. A última com tamanha importância foi em 2001, com João Paulo II.
Ainda é cedo para dizer se dela sairão determinações significativas para a Igreja. Pelo tema – Eucaristia: fonte e cume da vida e da missão da Igreja – já dá para esperar discussões sobre a qualidade da evangelização. A eucaristia, assim como o batismo, é o sacramento de maior importância para os católicos. Ela simboliza na missa a presença de Cristo por meio do pão e do vinho.
Existe a expectativa, no entanto, de que logo depois do encerramento, no dia 23, Bento XVI anuncie mudanças na Cúria Romana e logo depois publique sua primeira encíclica, que vai traçar as linhas do seu pontificado. As mudanças na cúria atingiriam o Conselho Pontifício das Comunicações Sociais e da Cultura.
O 11º Sínodo vai contar com a presença de 250 bispos. Alguns foram eleitos em assembléias locais. Outros, nomeados diretamente pelo papa. Os seis representantes brasileiros foram eleitos em agosto, na 43ª Assembléia-Geral do episcopado, em Itaici. São eles: d. Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo; d. Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, em Minas; d. Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Vitória da Conquista, na Bahia; d. Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); d. Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte; e d. Erwin Krautler, bispo de Xingu, no Pará.
A preparação dos bispos para o 11º Sínodo vem sendo feita desde a convocação da reunião, feita em 2001, por João Paulo II. Entre as etapas de estudo, todos os bispos do mundo – no total, são 4.257 – responderam um questionário com 20 perguntas enviado pelo Vaticano. Todas, de alguma maneira, abordavam a relação dos fiéis com a eucaristia e suas formas de celebração. Com base nas respostas, foi feito um balanço, transformado num documento chamado Instrumentum Laboris.