Martin Bernetti/AFP
Apesar de perder por 2-1 para a Espanha na sexta-feira em Pretória, a equipe sob o comando de Marcelo Bielsa conseguiu a vaga nas oitavas em segundo lugar no Grupo H, posição esta, porém, que a coloca frente a frente com a seleção pentacampeã já na segunda-feira.
Os chilenos já estavam com um pé nas oitavas, depois de fazer 1-0 em Honduras e na Suiça, mas acabaram perdendo para a Espanha.
O técnico não vê a classificação do Chile como uma maneira de compensar o fracasso pessoal com a eliminação argentina em 2002. Admite que diante da Espanha houve um “uso excessivo de força”, fruto da grande pressão que havia no jogo em Pretória.
E se prepara, agora, para o jogo contra o Brasil: “É historicamente uma equipe temível e a atual formação tem todos os atributos criativos do futebol do país, porém com mais agressividade e contundência”.
O treinador, de 54 anos, mal pode se conter de tanta felicidade por continuar na briga pelo título mundial. “Faremos o possível e o impossível para que (a briga) não termine cedo para a gente”, garante.
Mesmo que o Chile seja eliminado pelo Brasil na segunda-feira em Johannesburgo, o que historicamente tem grandes chances de acontecer, Bielsa voltará para casa com a certeza de que fez o que estava a seu alcance. Seu contrato acaba nesta Copa, e a Federação Chilena de Futebol (FCF) já fala em renovação.
Depois de deixar a seleção argentina em 2004, o técnico ficou três anos sem exercer a função, até que em agosto de 2007 assumiu o Chile. O trabalho nesse país novamente o colocou no seleto grupo dos melhores técnicos do mundo.
A classificação para a África do Sul foi bem-sucedida, com o Chile atrás do Brasil e com um jogo de antecipação. Os chilenos estavam sem ir a uma Copa há 12 anos.