Os brasileiros descendentes de japoneses que vão trabalhar no Japão, conhecidos como dekasseguis, já poderão contar com apoio do Sebrae na preparação para abertura de um pequeno negócio. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), parceiro do Dekassegui Empreendedor, tornou o projeto elegível, já que o Sebrae cumpriu todos os pré-requisitos pactuados. O BID vai liberar, ainda em 2005, a primeira parcela referente a 10% dos US$ 1,55 milhão que vai investir durante quatro anos no projeto, ou seja, US$ 155 mil. O programa terá um orçamento total de US$ 3,1 milhões, sendo 50% do Sebrae e 50% do BID.
O projeto tem como objetivo fornecer informações sobre pequenos negócios e capacitar os dekasseguis que se preparam para ir morar no Japão, os que já vivem lá e os que estão regressando ao Brasil para abrir seu próprio empreendimento. Os estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Pará participam do programa. Estão previstas, entre outras ações, um mapeamento da realidade desses estados para os dekasseguis, a montagem da metodologia de cursos específica para este público, feita pela Unidade de Capacitação Empresarial, e a instalação de uma unidade operacional do programa em Nagóia, no Japão.
Segundo o coordenador do programa no Sebrae Nacional, Silmar Rodrigues, a partir de fevereiro, um representante do Sebrae já estará percorrendo os estados beneficiados para conhecer a realidade de cada um deles para receber os dekasseguis. Em março este profissional será deslocado para Nagóia para iniciar os contatos com instituições e representantes dos dekasseguis no Japão.
A meta é que sejam capacitados cerca de dez mil dekasseguis em quatro anos e que pelo menos mil abram uma pequena empresa. Segundo dados da Associação Brasileira de Dekasseguis, quando retorna ao Brasil, o descendente de japoneses traz consigo uma poupança de aproximadamente US$ 60 mil, o que equivale a cerca de R$ 120 mil. ?Por isso, é importante que eles estejam preparados para investir em um negócio sustentável e nosso papel é que eles empreendam com risco calculado?, afirmou Silmar.
A idéia é que o treinamento seja realizado predominantemente via Internet utilizando, inclusive, recursos já disponíveis dentro das Soluções Educacionais do Sebrae.
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