Bicos afiados

Os dirigentes nacionais do PSDB entraram num ritmo frenético de ações e reações motivadas pelos números revelados pela última pesquisa patrocinada pela Confederação Nacional dos Transportes e executada, a cada dois meses, pelo instituto Sensus.

O senador Tasso Jereissati, presidente nacional do partido, emergiu de sua costumeira postura de conciliação para proclamar a necessidade de definir imediatamente o candidato tucano à Presidência da República, tendo em vista que Luiz Inácio está sozinho na raia.

Das Minas Gerais, o governador Aécio Neves manda dizer que os impacientes devem ingerir algumas doses de tranqüilizantes, cuidando para não atropelar o processo de escolha do candidato definido pelos cardeais do partido.

Aécio defendeu a idéia de que a indicação seja feita somente em março, instando os companheiros a não se deixarem impressionar pelas pesquisas de intenção de voto, pois a eleição só ocorre em outubro.

O ninho tucano está dividido entre apologistas das candidaturas do governador Geraldo Alckmin e do prefeito José Serra. Chegou-se a criar a mais estapafúrdia síntese da momentânea indecisão quanto ao nome a ser escolhido quando se entendeu que Alckmin é melhor candidato, mas Serra será melhor presidente.

A confiança rebarbativa, no entanto, é a lona que os tucanos estenderam sobre a brutal briga de foice (ou de bicos), para definir com que facção ficará o comando do partido. O resto é conversa.

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