A força dos biocombustíveis está aumentando a produção agrícola brasileira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elevou suas estimativas para a produção deste ano de cana-de-açúcar para 491 milhões de toneladas (0,3% acima da anterior, de fevereiro), de soja para 56,9 milhões de toneladas (mais 0,3% sobre a anterior), de milho de primeira safra para 36 3 milhões (+ 1,1%) e de milho de segunda safra para 14 milhões (+ 5,5%) e de café para 37,5 milhões de sacas de 60 quilos ( 5,6%). Com exceção da safra do café, todas as revisões estão relacionadas à agroenergia.

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A produção de cana deve ser 7,9% maior que em 2006 e tem uma área plantada 7% superior que no ano passado principalmente devido à motivação dos produtores pelo álcool combustível, conforme o IBGE. No caso da soja e do milho, os preços desses produtos subiram. Segundo o gerente do Levantamento Sistemático de Produção Agrícola do instituto, Neuton Alves Rocha, existe "uma reflexão do mercado" de que como nos Estados Unidos o etanol é produzido a partir do milho, a área plantada de milho naquele país deve aumentar, diminuindo a de soja.

De acordo com ele, a especulação no mercado é que usando o milho para o etanol, os EUA deixariam de atender à parte da demanda por soja e milho, aumentando os preços e abrindo espaço para os produtos brasileiros. Soja e milho representam 82% da safra de grãos recorde esperada para este ano, de 130,7 milhões de toneladas. A maior até hoje foi a de 2003, de 123,3 milhões de toneladas. No caso do café, a revisão foi motivada apenas pela chegada de mais informações de Minas Gerais, superiores às projeções usadas anteriormente.

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