O presidente licenciado do Partido dos Trabalhadores (PT), Ricardo Berzoini, voltou a negar hoje que tenha ordenado a compra do chamado dossiê Vedoin com supostas denúncias contra políticos do PSDB. Berzoini contestou as informações publicadas na edição de hoje do jornal "Folha de S. Paulo", argumentando que a reportagem não cita fontes, nem traz informações entre aspas. Também disse que cabe ao jornal comprovar os dados e que são as investigações da Polícia Federal que determinarão se são verdadeiros ou não. "Estou tranqüilo em relação a este episódio e tenho declarado desde o começo minha total isenção em relação a isso", sustentou.

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O dirigente petista fez as declarações ao deixar o Hotel Pestana em São Paulo, onde o Diretório Nacional do PT realiza sua primeira reunião após a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro. Ao participar ontem da abertura do encontro, Lula lamentou os erros cometidos pelo partido, envolvido numa seqüência de denúncias sobre corrupção, e fez um apelo aos militantes para que "o PT volte a ser exemplo" para o País.

Berzoini, que se afastou da presidência do partido e da coordenação do comitê de reeleição de Lula depois que veio à tona o episódio do dossiê Vedoin, reiterou hoje que se sente à vontade para voltar ao comando do PT. A condição para que isso aconteça, no entanto, é o encerramento das investigações. "Só retornarei quando superar essa condição", disse.

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