Acossado por um fantasma de R$ 40 milhões – passivo total do partido – o deputado Ricardo Berzoini (SP), novo presidente do PT, reiterou, neste domingo, o compromisso que assumiu ao tomar posse. "Vamos zelar por maior controle dos atos do partido, seja no plano federal como nos estaduais e municipais."
Berzoini disse que Paulo Ferreira – sucessor de Delúbio na secretaria de Finanças do PT – "segue as orientações da direção e essa é uma determinação que a partir da presidência da Executiva Nacional será cumprida rigorosamente." Para superar o escândalo do ‘mensalão’, o presidente do PT garante: "Vamos trabalhar abertamente, há uma convicção generalizada no partido de que vamos ter que tratar essa questão com muita transparência."
Combater o rombo financeiro é uma prioridade. "Vamos acelerar a renegociação das dívidas do partido. Isso tem que ser tratado com seriedade e objetividade." O presidente do PT destacou que "é importante lutar por uma reforma política que viabilize o financiamento público de campanha; um processo de financiamento privado leva necessariamente a desvios e isso se verifica, por exemplo, nas recentes denúncias envolvendo pessoas do PSDB".
Berzoini exaltou o "clima de solidariedade e contribuição". Observou que a ampliação dos quadros de filiados é resultado "da garantia de recursos aplicados de forma objetiva". Defendeu o contato permanente com as correntes internas. "É preciso uma proposta unitária em torno de campanha nacional de arrecadação com objetivo de dar fôlego ao partido."
