O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, estimou hoje que, no fechamento do ano, a taxa de ocupações formais no mercado de trabalho estará acima do crescimento da economia. Ele lembrou que no princípio do ano havia o debate sobre se o país cresceria ou não, se geraria empregos, ou se haveria apenas a ocupação da capacidade ociosa.
Para ele, governo, empresários e trabalhadores provaram que é possível o número de empregos crescer acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). As afirmações de Berzoini foram feitas durante a divulgação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do mês de outubro, onde constam a criação de mais de 130 mil empregos.
De janeiro a outubro de 2004, foram criados 1.796.347 empregos com carteira assinada, 7,72% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. A previsão de crescimento do PIB para 2004 oscila entre 4% e 5%.
Berzoini lembrou que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostrou que existem no país 8 milhões de desempregados. Por isso, o governo tem como meta continuar trabalhando para aumentar a geração de emprego em 2005.
Segundo o ministro, os investimentos para 2005 com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em infraestrutura devem ser de R$ 10 bilhões (em 2004 foram investidos R$ 7 bilhões). Para ele, o início dos investimentos da Parceria Público Privada (PPP) também contribuirá para o aumento das taxas de emprego.
O ministro acredita que em 2005 o governo tome novas medidas para desonerar a atividade produtiva, com mais qualidade na carga tributária, reversão na tendência de crescimento dos juros básicos da economia, para que o capital aplicado em títulos do governo seja desviado para a atividade produtiva.
Berzoini destacou o setor agrícola, onde a taxa de emprego cresceu quase 20% nos dez meses do ano. Para ele, apesar de sempre no final do ano se registrarem os efeitos de sazonalidade, com demissões depois das festas, o crescimento da oferta de vagas em novembro e dezembro deve ser maior que em anos anteriores. Ele lembrou que há segmentos que não planejam dar férias coletivas neste final de ano, para suprir os pedidos.
